"Loucos por Livros" é uma comédia romântica divertida e comovente sobre o poder do amor, da família e da amizade.

O livro começa com Nora Stephens, uma agente literária de Nova York que sempre se sentiu diferente das heroínas de romance que ela representa. Ela não é romântica, não acredita em amor à primeira vista e está feliz com sua vida independente. Mas quando ela é enviada para a pequena cidade de Sunshine Falls para um fim de semana de retiro, ela se vê no meio de um romance próprio.

Nora conhece Charlie Lastra, um editor local que é tudo o que ela não é: romântico, impulsivo e sempre pronto para uma aventura. À medida que passam mais tempo juntos, Nora começa a se questionar se tudo o que ela sempre acreditou sobre o amor pode estar errado.

O livro é uma crítica divertida e bem-humorada aos clichês românticos. Emily Henry faz um ótimo trabalho ao explorar os temas do amor, da identidade e da escolha. Os personagens são bem desenvolvidos e cativantes, e a história é envolvente e emocionante.

"Loucos por Livros" é um livro que fará você rir, chorar e acreditar no amor novamente. É uma leitura obrigatória para qualquer fã de comédias românticas.

Vale a pena também destacar o ritmo do livro. A história se desenvolve de forma natural e fluida, e o livro nunca se torna maçante ou previsível. O estilo de escrita de Emily Henry é claro e conciso, e ela tem um talento especial para criar diálogos divertidos e cativantes.

No geral, "Loucos por Livros" é um livro bem escrito e envolvente que fará você rir, chorar e acreditar no amor novamente.

MOTIVOS PARA LER LOUCOS POR LIVROS

• Os diálogos são sensacionais, muito rápidos e muito inteligentes. Com várias citações a livros e filmes. Lembra um pouco Gilmore Girls
• O clichê é suportável. O livro é um romance clichê mas ao mesmo tempo a autora deixa isso muito claro e zomba desse fato de uma forma divertida.
• O romance entre os personagens é delicioso. É um casal encantador, e mesmo a gente sabendo o que vai acontecer, não é chato porque a personalidade deles é divertida.

Butler mergulha fundo na ferida da história, sem medo de expor o horror e a crueldade do passado. Ela dá voz aos personagens com uma autenticidade que me fez sentir como se estivesse vivendo cada cena. A relação complexa entre Dana e Rufus, o filho do dono da plantação, é um turbilhão de emoções e reflexões sobre poder, opressão e a luta pela sobrevivência.

Kindred é uma obra-prima, um soco no estômago e um abraço reconfortante, tudo ao mesmo tempo. A escrita de Butler é poderosa, visceral e empática. Ela nos coloca diante do espelho da humanidade, nos confrontando com nossas sombras e nossa capacidade de superação.

Não é um livro fácil de digerir, mas é um livro que todos deveriam ler. É um grito de resistência, uma ode à resiliência humana e uma lembrança de que nosso passado não pode ser esquecido, mas sim compreendido para que possamos construir um futuro mais justo e igualitário.

Bravo, Octavia Butler, por essa obra-prima da literatura que ficará gravada em minha alma para sempre.

Aqui estão 10 motivos para você ler essa obra prima:

1. Kindred oferece uma experiência de leitura transformadora, mergulhando os leitores em uma jornada através do tempo e confrontando-os com a realidade brutal da escravidão.
2. A escrita poderosa e visceral de Octavia Butler cativa os leitores desde a primeira página, transportando-os para um mundo onde as emoções são intensas e as reflexões são inevitáveis.
3. A relação complexa entre os personagens principais, Dana e Rufus, proporciona uma exploração profunda das dinâmicas de poder, opressão e resistência.
4. Ao abordar questões sociais e raciais de forma corajosa e honesta, Kindred incita discussões importantes sobre o legado da escravidão e seu impacto duradouro na sociedade.
5. A narrativa habilmente construída combina elementos de ficção científica com uma perspectiva histórica, criando uma história única e envolvente.
6. Octavia Butler aborda temas universais, como identidade, liberdade e justiça, que ressoam além das páginas do livro, despertando uma consciência social mais ampla.
7. A protagonista Dana é uma personagem inspiradora, cuja coragem e determinação diante das adversidades são um exemplo de força e resistência.
8. Kindred desafia as convenções narrativas ao explorar a viagem no tempo como uma ferramenta para iluminar a experiência humana e examinar as ramificações históricas em nosso presente.
9. A escrita visceral e emotiva de Octavia Butler transporta os leitores para um mundo rico em detalhes, imergindo-os nas complexidades da história e despertando uma profunda empatia pelos personagens.
10. Kindred é uma leitura essencial para quem busca uma obra que provoque reflexões e desafie perspectivas, oferecendo uma visão crítica da história e um apelo à transformação social.

Um livro gostosinho, que além de dar um quentinho no coração ainda nos transporta para dentro da mente neurodivergente do personagem principal.

"O Projeto Rosie" (título original em inglês: "The Rosie Project"). É um romance escrito pelo autor australiano Graeme Simsion, publicado originalmente em 2013.

Trata-se de um romance cativante que conta a história do peculiar professor universitário Don Tillman, que tem Síndrome de Asperger. Don é um personagem fascinante, que, apesar de sua falta de habilidades sociais e de sua inflexibilidade, é um personagem extremamente inteligente e carismático.

A trama se desenvolve quando Don decide criar um questionário para encontrar uma esposa perfeita, o "Projeto Esposa". No entanto, sua vida muda quando ele conhece Rosie, uma mulher que não se encaixa em nenhum dos critérios de sua lista de possíveis esposas, mas que desperta nele um forte interesse.

A partir daí, acompanhamos a jornada de Don e Rosie na busca pelo pai biológico dela, uma aventura que envolve mistério, reviravoltas e muitas descobertas sobre si mesmos e sobre o mundo ao seu redor. A relação entre Don e Rosie é o ponto alto do livro, com diálogos bem-humorados, situações inusitadas e uma química cativante entre os dois.

Graeme Simsion consegue criar personagens incrivelmente humanos, com falhas e virtudes, e que conquistam o leitor desde as primeiras páginas. A narrativa é leve e envolvente, com um tom divertido e inteligente que torna a leitura muito prazerosa.

"O Projeto Rosie" é um livro emocionante e engraçado que aborda temas como amor, amizade e diferenças com sensibilidade e profundidade.

Principais motivos para ler "O Projeto Rosie" de Graeme Simsion:

Personagens cativantes: Don e Rosie são personagens complexos e fascinantes, cada um com suas próprias peculiaridades e falhas, que nos fazem torcer por eles ao longo da história.

Eu fiquei das sete da noite até uma da manhã lendo esse livro, e só parei porque tenho uma vida, senão teria terminado de uma vez só. Maravilhoso!!!

Sinopse

"Bernadette Fox é notável. Aos olhos de seu marido, guru tecnológico da Microsoft e rock star do mundo nerd, ela se torna mais maníaca a cada dia; para as demais mães da Galer Street, escola liberal frequentada pela elite de Seattle, ela só causa desgosto; os especialistas em design ainda a consideram uma gênia da arquitetura sustentável, e Bee, sua filha de quinze anos, acha que tem a melhor mãe do mundo. Até que Bernadette desaparece do mapa. Tudo começa quando Bee mostra seu boletim (impecável) e reivindica a prometida recompensa: uma viagem de família à Antártida. Mas Bernadette tem tal ojeriza a Seattle - e às pessoas em geral - que evita ao máximo sair de casa, e contratou uma assistente virtual na Índia para realizar suas tarefas mais básicas. Uma viagem ao extremo sul do planeta é uma perspectiva um tanto problemática. Para encontrar sua mãe, Bee compila e-mails, documentos oficiais e correspondências secretas, buscando entender quem é essa mulher que ela acreditava conhecer tão bem e o motivo de seu desaparecimento. Maria Semple revela, em seu segundo romance, a influência de grandes escritores contemporâneos como Jonathan Franzen e Jeffrey Eugenides, ao mesmo tempo que se afirma como uma voz original, marcada pelo melhor humor das séries de TV norte-americanas. Sem sentimentalismos, mas com muita empatia, Cadê você, Bernadette? trata do amor incondicional de uma filha por sua mãe imperfeita."

Basicamente

Uma mãe que resolve levar a sério aquela história de "eu ainda vou sumir dessa casa um dia". Trata-se de uma mulher forte e artística que decide abandonar tudo, fugir pra meio que tentar se encontrar. 

Porque na vida é assim mesmo, quem nunca ficou de saco cheio de tanto problema e quis sumir do mapa? A única coisa é que normalmente nossos fantasmas nos acompanham e não temos escolha a não ser encará-los. 

Dá pra parar de ler?

De jeito nenhum! Eu quase li em uma noite! A história já começa com mistério, o próprio nome do livro já traz isso. E por aí ele segue, você vai descobrindo as coisas aos poucos e não tem como parar de ler até saber o que está acontecendo, é muito viciante e bem escrito. 

Mas que surpresa!

As surpresas estão por toda a obra, cada virada de página é uma descoberta. Além disso, a escrita da autora me surpreendeu demais, é sensacional a forma ácida e dinâmica como ela escreve e se expressa tão bem. 

Genial!!!

Ah, desculpa mas eu achei genial, sim! Gostei demais da escrita da Maria Semple. Ela é roteirista, o que sempre faz com os textos sejam mais interessantes e nunca estáticos, fica meio como assistir uma série na sua cabeça. É muito bom! A autora é divina! Muito inteligente e perspicaz. 

Eu nunca choro...

Não chorei, não. Mesmo nas partes mais emocionantes, mesmo nas partes mais engraçadas, não chorei de rir nem de emoção. Mas tudo bem, eu nunca choro, e acho que essa nem é a proposta do livro também. 

Quero ler outros livros do autor?

Com certeza, já está no meu kindle o próximo livro da Maria Semple que vou ler. Em breve escrevo sobre ele por aqui, assim espero. E se ela lançar mais livros vou ler também. Já virou uma preferida minha.

Conclusão

Cadê você, Bernardette é maravilhoso. o jeito que a autora escreve é muito engraçado. Tudo bem, é um monte de "white people's problem"? sim. Mas trás muitos questionamentos sobre o papel da mulher, saúde mental, família, sonhos, mistério...

O livro é muito criativo, a história toda é contada por emails, bilhetes, revistas, seria um livro epistolar? Deve ser, não entendo muito disso. Mas o fato é que a autora é muito engraçada, o livro me lembrou um pouco a Tati Bernardi, porque é a única referência que tenho de textos assim mais ácidos e irônicos, mas com certeza não é uma boa comparação já que a autora é mil vezes melhor. 

(Também me lembrou Daisy Jones, só que bom. hehehehe...)

Impressionante como Maria Semple consegue deixar um mistério no ar pelo livro inteiro, a dopamina vai à mil, você não consegue parar de ler, você tem que saber o que está acontecendo, e no meio do caminho você vai se divertindo tanto, os personagens são tão sagazes e engraçados, alguns são um pouco clichês mas mesmo assim é bom demais de ler a parte deles, é satisfatório ver eles se ferrando. 

No final, temos plot twist. Você leva uma bela tabefe na cara, por julgar as pessoas. É isso que a autora te entrega, além da satisfação de uma leitura alucinadamente agradável. Eu amei!!!

Sobre o Filme parido do livro

Eu não gostei muito do filme, não. Acho que não superou a obra escrita. Apesar de o elenco ser maravilhoso, acredito que o roteiro ficou fraco, meio confuso e chato. Enfim, nada é perfeito. Prefiro o livro, como sempre!!!

* Meus bizarros critérios de avaliação, caso queira entender

Expectativas foram criadas, e quando isso acontece tudo fica mais complicado...

Basicamente

Um compilado de entrevistas e declarações sobre o acidente nuclear de Chernobyl. Com relatos emocionantes e chocantes sobre tudo que se passou nesse período e depois. 

Dá pra parar de ler?

Olha, eu ouvi muita gente elogiar esse livro e achava mesmo que seria uma leitura que eu não conseguiria largar, mas na realidade nada disso aconteceu. Eu não sabia que era um livro de entrevistas, estava esperando uma história e isso me decepcionou. Portanto, pra mim deu pra parar de ler e tive até que fazer um esforço para continuar lendo, na verdade. 

Mas que surpresa!

Não me surpreendeu para um lado bom, só mesmo essa decepção, mas nada que me fizesse abandonar a leitura. Os relatos são chocantes e entendi e aprendi muita coisa, mas nada foi tão especial como eu esperava. Mas o livro não é ruim, eu que criei muitas expectativas. 

Genial!!!

Era uma história que precisava ser escrita, e só por isso o livro já é necessário. Porém, não ligou o gatilho de genial pra mim. Sinto que ela poderia ter usado as entrevistas e construído uma narrativa pra não ficar tudo tão confuso, mas isso sou eu, e quem sou eu na fila do pão? Svetlana genial, sim!

Eu nunca choro...

E não chorei, mesmo com os relatos sendo absolutamente emocionantes, acho que senti mais revolta e incompreensão do que qualquer outra coisa. 

Quero ler outros livros do autor?

Pelo o que sei as pessoas costumam se apaixonar pelos livros da Svetlana e querem ler todos os que ela lança. Achava que seria assim comigo também, mas não. Não pretendo ler mais nenhuma obra dela, pois são todas nesse mesmo formato que não me agradou muito. 

Conclusão

O livro não é ruim, eu que criei muitas expectativas sobre ele. Acho que o que me decepcionou nem foi a leitura mas o formato que a autora utilizou. Pra mim as entrevistas ficaram confusas e isso acabou por fazer com que a obra não me agradasse como achei que agradaria. Mas é um livro que recomendaria com absoluta certeza. 

Essa mulher é muito talentosa e entrega tudo!!! Menos... Não vou dizer. 

Basicamente

Um livro de mistério, muito intrigante que prende a atenção do leitor desde o início. Fala sobre uma escritora que vai continuar a escrever a saga de uma outra escritora que se acidentou, e nesse processo coisas estranhas começam a acontecer... 

Dá pra parar de ler?

É difícil parar de ler, pois os capítulos são curtos e a história é muito instigante. Você quer mesmo saber o que raios está acontecendo naquela casa. O leitor fica sempre com um pé atrás, pelo menos eu fiquei, será que isso é verdade? Essa mulher tá viajando? Enfim, é algo que realmente desperta a curiosidade e prende a atenção.

Mas que surpresa!

Então, as "surpresas" do livro são meio óbvias, e é preciso dar umas chances pra autora porque claramente essas coisas não aconteceriam na realidade. Mas vá lá, por que não entrar nessa fantasia já que a leitura está sendo tão gostosa? 

Genial!!!

Colleen Hoover é uma autora que sabe fazer livros que vendem. Não acho que ela seja uma escritora genial, mas ela tem o dom de prender o leitor, de dar a ele aquilo que espera, ou seja, essa mulher entrega tudo. 

Eu nunca choro...

Sem vontade nenhuma de chorar com essa leitura, só se for de raiva com o final, que não é muito satisfatório (algumas pessoas amam e outras odeiam, eu #TeamOdiei). Mas de resto, não achei nada emocionante. 

Quero ler outros livros do autor?

Esse é o segundo livro da autora que eu leio. Gostei das duas leituras. São livros fáceis e gostosos, e eu não vou dizer que tenho vontade de ler outras obras dela, mas também não me recusaria. Acho que ainda vou ler outro da Colleen Hoover um dia desses.

Conclusão

Ótimo livro pra sair de uma ressaca literária, pra quem gosta de um mistério, de uma leitura fácil e rápida. Não tem como não gostar da escrita dessa autora porque ela sabe escrever aquilo que o leitor quer ler. 

Eu adoro os livros do Matt Haig. Desde que li Razões para continuar vivo, fiquei com vontade de ler tudo que ele escreve. Talvez pelo fato dele sempre falar sobre saúde mental, mesmo em seus livros de ficção. 

 A Biblioteca da Meia Noite conta a história de alguém que se vê diante da possibilidade de viver tudo o que deixou passar, de apagar seus arrependimentos e continuar de onde parou. 

Confesso que achei o livro um pouco cansativo em determinados momentos, acredito que o autor passou do ponto na quantidade de outras vidas que a personagem poderia viver, acaba ficando repetitivo e um pouco enfadonho. Mas isso não chega a prejudicar grandemente a leitura, e a ideia da história é muito criativa. 

Isso é outra coisa que admiro no Matt Haig, ele tem umas ideias ótimas de histórias como em Os Humanos, onde um extraterrestre chega a Terra e fala sobre nossos costumes; e Como parar o tempo, onde um professor de história é na verdade alguém imortal e que vive há muitos anos. Apesar disso, eu gosto mais dos livros onde ele fala dele mesmo e de sua relação com os transtornos mentais. Desses já li: Razões para continuar vivo, Observações sobre um planeta nervoso, e agora estou lendo aos pouquinhos O livro do Conforto. 

O que mais me encantou em A Biblioteca da Meia Noite foi esse lance de querer voltar no tempo e mudar algumas coisas no passado. Eu sempre tenho esse tipo de pensamento, "e se eu pudesse voltar no tempo e fazer tal coisa diferente?" seria maravilhoso realmente ter essa oportunidade, e o livro do Matt Haig nos remete mais ou menos à isso. 

Você já parou pra imaginar como seria sua vida se você tivesse feito algo diferente do que fez? Pra mim, o mais estranho, ou legal, disso é que eu sempre quero terminar na vida que tenho agora só que rica. Mas fico pensando que seria impossível, pois qualquer decisão diferente já me levaria para outra realidade. Aí eu decido que quero ficar nessa vida mesmo, nada de planejar maquinas do tempo, feitiços ou  portais, ainda tenho muito o que curtir com os resultados das minhas escolhas passadas. 

Não vou falar sobre a decisão da personagem do livro, mas digo que o final foi inesperado pra mim. Matt Haig é ótimo e Biblioteca da Meia Noite é uma obra que nos faz pensar sobre nossas escolhas e o que fazemos com a nossa vida. Típico livro pra ler no Natal! 

Fui capturada por esse livro logo nas primeiras páginas, e terminei de ler no mesmo dia que comecei. Acho que na verdade não larguei ele em minuto nenhum! 

Isso que é devorar um livro! Eu comecei a ler essa obra e não consegui parar, mesmo! Li as 363 páginas uma seguida da outra, até terminar. Não parei pra comer, nem pra fazer xixi, passei o dia inteiro mergulhada nele, sem respirar! (exageraaaaaada...)

Sinopse

O que você faria se seus filhos não fossem quem você esperava? O impulso é o romance mais viciante do ano, uma leitura que irá questionar tudo o que assumimos sobre maternidade, sobre aquilo que devemos aos nossos filhos e sobre o que acontece quando deixamos de acreditar em mulheres cujas histórias são incômodas.

Blythe Connor está decidida a ser a mãe perfeita, calorosa e acolhedora que nunca teve. Porém, no começo exaustivo da maternidade, ela descobre que sua filha Violet não se comporta como a maioria das crianças. Ou ela estaria imaginando? Seu marido Fox está certo de que é tudo fruto do cansaço e que essa é apenas uma fase difícil.

Conforme seus medos são ignorados, Blythe começa a duvidar da própria sanidade. Mas quando nasce Sam, o segundo filho do casal, a experiência de Blythe é completamente diferente, e até Violet parece se dar bem com o irmãozinho. Bem no momento em que a vida parecia estar finalmente se ajustando, um grave acidente faz tudo sair dos trilhos, e Blythe é obrigada a confrontar a verdade.

Neste eletrizante romance de estreia, Ashley Audrain escreve com maestria sobre o que os laços de família escondem e os dilemas invisíveis da maternidade, nos convidando a refletir: até onde precisamos ir para questionar aquilo em que acreditamos?

Minha leitura

O Impulso conta a história de três mulheres da mesma família e a relação entre elas e a maternidade. E não se trata de uma história bonita, é só sofrimento. Desde a avó até a protagonista do livro, temos histórias complicadas e um pouco assustadoras sobre a relação mãe e filha. 

Eu gostei muito da maneira como Ashley Audrain escreve, é como se fosse um livro inteiro escrito para uma única pessoa, é um lado da história, mas é muito angustiante. Isso te prende de um jeito, tanto a forma da escrita quanto o enredo, faz com que você não consiga parar de virar as páginas, e como os capítulos são curtos, você nem percebe que já está aprisionado pela autora e que não vai largar essa leitura tão cedo.

Todo mistério gira em torno da menina, filha da protagonista, que deixa a gente com a pulga atrás da orelha. A história em si não tem nenhuma novidade, nunca li "Precisamos falar sobre Kevin" mas dizem que é bem parecido. Só que pra mim o que pegou foi mesmo a narrativa, a forma de contar a história foi muito instigante e eu tinha que saber o final. 

Amei a parte em que a personagem principal relata como estava sendo sua gravidez e pós parto, pois me identifiquei completamente. O que é bem bizarro, levando em conta que o livro é bastante sinistro. Mas o fato é que a maternidade não é só maravilhosa como todo mundo pinta, e quando qualquer autora tem coragem de expor o que as mães sentem mas não se atrevem a dizer, pra mim já é um grande alívio. 

Contudo, não devemos deixar de lado o papel dos personagens masculinos na história, parece que eles são sempre os mesmos, que se repetem, agem do mesmo jeito em relação a suas filhas, sempre protegendo e sendo uma tabua de salvação, ou são simplesmente enganados?  A verdade é que de geração em geração a história meio que se repete, culminando em um final revelador!

O grande trunfo de O Impulso é que você quer saber se a possibilidade apresentada no decorrer da leitura é verdadeira ou não. Será que é isso mesmo? A própria protagonista se questiona o tempo inteiro também, não é a toa que você quer chegar logo no fim, você quer saber! E sim, no final temos a resposta. Se bem que, se você levar em conta que a narrativa toda parte de um único ponto de vista, há margens para dúvidas, mas eu acho que ficou tudo muito claro no final, principalmente por toda história de vida que foi relatada, os genes podem explicar muitas coisas!

Uma pequena reflexão

Estou em um momento de dificuldade literária. Entrei nessa leitura conjunta de O Tempo e o Vento e não consigo pegar o segundo livro pra ler, não está sendo tão agradável como o primeiro volume, portanto desconfio que a leitura do livro da Ashley Audrain, da forma que foi, pode ter sido uma espécie de procrastinação produtiva.

A que ponto pode chegar um leitor procrastinador? Para não ler a obra que deveria estar lendo, ele lê outro livro inteirinho em um único dia! Foi o que eu fiz. Contudo, isso não desmerece o valor da leitura, foi uma experiência muito boa, sim! Talvez em outro momento eu não leria O Impulso em um dia, mas com certeza não levaria mais de três, a narrativa faz realmente você devorar as páginas. 

O Impulso é um livro muito fácil de ler, muito fácil de gostar e mais fácil ainda de te prender, mas não é um livro leve, a história é bem pesada e sinistra, ainda assim Ashley Audrain consegue fazer com que seja uma leitura agradável! O mérito é todinho da autora!