O Conde de Monte Cristo - Alexandre Dumas

Basicamente

Um jovem é traído por homens invejosos e mal amados, e depois de sofrer por um crime que não cometeu, volta virado no "Power Ranger bilionário" para se vingar de forma lenta e saborosa.

Dá para parar de ler?

Nas primeiras páginas, até dá para dar uma pausa na leitura, até mesmo para vomitar de nojo daqueles invejosos cruéis e suas maldades. Mas depois de um certo ponto da história, fica muito difícil largar o livro. Fico imaginando as pessoas que leram essa obra em forma de folhetim e tinham que esperar para ler o próximo capítulo, tal qual minha mãe assistindo as novelas dela. Quanto sofrimento! Ainda bem que chegamos na época das séries maratonáveis, dos Kindles ou livros grossos de bolso...

Que surpresa!

Ah, sim! É "eita" atrás de "vixi"! Cada coisa que esse Conde apronta, cada revelação atordoante, que não tem como não se surpreender com essa história.

Genial!!!

Acho que a genialidade dessa obra está no fato de ser tudo muito encaixadinho. Não fica ponta solta e é tudo muito satisfatório. Você sente muito. O livro desperta muitas emoções, boas e ruins. A pior de todas é quando acaba, e você se dá conta de que não vai mais ter a companhia daquelas pessoas que já são queridas, ou odiadas, por você.

Eu nunca choro...

Não chorei. Esse mérito Dumas não teve.

Quero ler outros livros do autor?

Ah, eu até leria. Mas não é prioridade agora, e acredito que passo muitos livros na frente. A leitura é ótima, mas acho que de Dumas para mim já está bom. Pelo menos por enquanto.

Diquinha

Se você for ler esse livro, lembre-se de anotar os nomes de todos os personagens e as circunstâncias em que eles aparecem na trama. De nada!

Conclusão (tem spoiler)

Já vou logo dizendo que não gostei do final. Primeiro, fiquei irritada com o Conde por não aliviar logo o sofrimento do menino Morrel contando que sua amada estava viva. Depois, queria que Edmond fosse feliz com Mercedes. Ah, e também achei que a vingança contra Danglars foi muito fraca. Ele era o pior de todos e foi o que menos sofreu, na minha opinião. Queria mais crueldade, queria mais tortura psicológica, queria mais dor, e talvez eu esteja exagerando um pouco...

Mas, de resto, o final foi muito bom. O livro como um todo é maravilhoso. Um novelão delicioso e viciante.

Lembrei bastante desses heróis que têm sempre tudo sob controle, como Harry Potter ou o Professor de La Casa de Papel. As coisas podem até dar errado para eles, mas eles dão a volta por cima e tiram uma carta da manga, nunca dando uma única vitória para seus inimigos. Isso é muito satisfatório.

Foi uma delícia ler esse livro. Eu achei que não conseguiria fazer essa leitura sozinha, mas a realidade é que quando uma obra é realmente boa, não importa se a leitura é solitária ou em grupo. Os personagens, muito bem construídos e sensacionais, te fazem companhia do começo ao fim, tornando tudo ainda mais gostoso.