Flores para Algernon - Daniel Keyes

Ah, "Flores para Algernon", um livro tão... encantador! Se você gosta de histórias deprimentes e emocionalmente esmagadoras, este é o livro perfeito para você. A trama gira em torno de Charlie Gordon, um homem com deficiência intelectual que se torna o sujeito de um experimento científico.

Sabe aquele tipo de livro que te deixa deprimido só de olhar para a capa? Bem, esse é Flores para Algernon. Se você está procurando uma leitura leve, cheia de unicórnios e arco-íris, esqueça! Prepare-se para embarcar em uma montanha-russa emocional que vai te deixar destruído.

O protagonista, Charlie Gordon, é um verdadeiro desastre ambulante. Com uma deficiência intelectual, ele é o oposto do "gênio da lâmpada". E acredite, você vai querer esfregar essa lâmpada bem forte, porque Charlie é o tipo de personagem que faz você se perguntar: "Como alguém pode ser tão ingênuo e confuso?"

Mas é aí que a história fica interessante! Charlie se torna cobaia de um experimento científico e, de repente, se transforma em um super gênio. É como se um cérebro turbinado tivesse sido implantado nele. Agora, eu sei que isso parece incrível, mas pare um momento e pense nas consequências. Imagina você passar a vida toda sendo considerado "lento" e, de repente, se tornar um gênio incompreendido? Que pesadelo, não é mesmo?

E a ironia não para por aí! Charlie, com todo o seu intelecto ampliado, começa a questionar a própria existência e a dos outros ao seu redor. Ele percebe que a inteligência não é a chave para a felicidade. Eu diria que é como se ele tivesse se tornado um filósofo existencialista instantâneo, mas sem toda a pompa e circunstância.

A narrativa é construída por meio dos diários escritos por Charlie, e aqui entra um detalhe importante: prepare-se para acompanhar a evolução da escrita junto com ele. No começo, você vai se deparar com frases simples e palavras mal colocadas, mas à medida que a história avança, você vai encontrar com uma escrita cada vez mais complexa. É como um curso intensivo de gramática e linguagem, mas com uma pitada de angústia existencial.

🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁🐁

Minha avaliação sincera

Crie cobras mas não crie expectativas. Todo mundo me falando que esse livro era maravilhoso me fez esperar algo que eu sabia que seria impossível de alcançar. Isso não quer dizer que eu não tenha gostado do livro, só não achei tão maravilhoso. 

Achei o final previsível 

Eu gosto de ser surpreendida, e isso não aconteceu nesse caso.  A gente já sabe o que vai acontecer com ele, e mesmo os encontros que ele tem no final não me surpreenderam em nada. Mas eu acho que essa é a intenção do autor, trazer uma reflexão sobre a vida, a existência, sabendo que tudo vai acabar. Essa é a realidade do ser humano, vamos todos morrer, já sabemos o final da nossa história também. A questão é o que fazemos com o tempo que temos, já diria Gandalf. 

Recomendo a leitura

Super recomendo a leitura, gostei da história, da forma que o autor escreve, da evolução do personagem, de como ele aplica a psicanálise em suas análises. É um livro legal. Principalmente pra quem gosta de drama, de refletir sobre a vida e sua finitude, de histórias tristes em que os personagens sofrem do começo ao fim... 

No final das contas, Flores para Algernon é uma jornada emocionalmente tortuosa, que vai fazer você rir, chorar e questionar a sua própria sanidade. É como dar um soco no estômago enquanto faz uma aula de filosofia. Se você gosta desse tipo de masoquismo literário, então esse livro é para você. Afinal, quem precisa de felicidade e risadas quando se pode ter existencialismo e desespero?

Gostou do post? Então, compartilha. Caso contrário eu vou tirar seus antidepressivos e fazer você ouvir o audiobook do livro todos os dias antes de dormir!

Se não gostou ou não concorda, deixe sua relevante opinião aí nos comentários. Mas seja educado, senão faço uma cirurgia no seu cérebro que vai te fazer questionar a sua existência e sentido da vida!