Mais um livro para a lista de "melhores leituras da vida". Não é à toa que todo mundo fala isso, é porque é simplesmente a mais pura verdade.
Basicamente
A história da criação de um mundo chamado Macondo, tudo o que acontece por lá, em especial a trajetória da família de seu fundador, José Arcádio Buendía. É um universo mágico, engraçado e ao mesmo tempo triste.
Dá pra parar de ler?
Eu tive que parar, não consegui ler direto, achei a escrita muito intensa. Acho que é mágica, assim como todo o livro, porque apesar de ser fluida, de algum jeito é carregada, parece que é tão intenso que não tem como ler sem parar. É preciso parar um pouco, pra apreciar, pra entender, pra acomodar, talvez. Não sei explicar. Só sei que é ao mesmo tempo uma leitura rápida e lenta, assim como o tempo em Macondo. Pelo menos pra mim foi assim.
Mas que surpresa!
A maior surpresa do livro pra mim foi o fato dele ser muito engraçado. Eu ria alto mesmo, eu anotei rostinhos felizes nas partes em que me rachei de rir. Não esperava por isso. Acreditava que seria um livro cheio de dramas e emoções, e é. Mas também é muito irreverente e leve. Como explicar uma coisa dessas? Magia!
O final pra mim foi o melhor de toda a história. Eu sei que a obra tem um começo consagrado, mas esse final me pegou de um jeito que eu não sei explicar, ainda estou impactada!
Genial!!!
É até pecado se eu não disser que uma obra de Gabriel García Márquez não é genial. Lógico que é. É um livro único, uma história diferenciada, uma forma de escrever absolutamente deslumbrante, encantadora. E o final é absolutamente perfeito. Ele fecha a obra de forma magistral. Eu me senti dentro da cabeça do personagem, ou junto dele naqueles últimos momentos. Nas últimas linhas da histórias eu estava completamente dentro do livro, e ele acaba.
Eu nunca choro...
Não me fez chorar. Nem mesmo Gabo conseguiu me fazer chorar.
Quero ler outros livros do autor?
Ah, vou ler com certeza. Já estou vendo aí outra leitura conjunta com livros do autor. "O Amor nos tempos do cólera" já está na lista, assim como "Crônica de uma morte anunciada".
Conclusão (tem spoiler)
Realmente, um dos melhores livros da minha vida. Principalmente pelo desfecho. Eu amei o fim da história. Assim como acontece no livro inteiro, o final foi muito mágico pra mim, porque eu me senti dentro de Cem anos de solidão, mais do que isso, eu me senti dentro da cabeça de Aureliano, eu era ele, nós estávamos fazendo a mesma coisa no mesmo momento. Gabo mexe tanto no tempo durante toda a obra que no fim parece que ele faz o tempo parar e você está junto com o personagem lendo as últimas páginas daquela narrativa.
No fim, os velhos pergaminhos eram o próprio livro, e o mundo dá tantas voltas redondas, como dizia Úrsula, porque esse livro está sempre sendo lido e relido por leitores do mundo inteiro. Além do fato de que a família é fechada em si mesma e se repete, o livro começa com Aureliano e termina com ele. A família é a casa e é também a cidade.
Macondo é tão viva que ela nasce, vive, reproduz, e morre. Assim como os personagens, no fim da vida ela se fecha em si mesma e sucumbe meio que pra dentro de si própria, e só não leva o leitor com ela porque temos a oportunidade de fechar o livro antes que isso aconteça. Mesmo assim, a vontade de recomeçar a leitura é grande, e acho que isso também faz parte da magia do grande Gabriel García Márquez!
Que livro! Que final! Eu confesso que bati palmas quando terminei.